LIVRO PRIMEIRO
AS CAUSAS PRIMARIAS
Capitulo 1: DEUS
III - ATRIBUTOS DA DIVINDADE
13. Quando dizemos que DEUS é eterno, infinito, imutável, imaterial, único, todo-poderoso, soberanamente justo e bom, não temos uma ideia completa de seus atributos?
Resposta: Do vosso ponto de vista, sim, porque acreditais abranger tudo; mais ficai sabendo que há coisas acima da inteligencia do homem mais inteligente, e para as quais a vossa linguagem, limitada as vossas ideias e às vossas sensações, não dispõe de expressões.
A razão vos diz que DEUS deve ter essas perfeições em grau supremo, pois se tivesse uma de menos, ou que não fosse em grau infinito, não seria superior a tudo, e por conseguinte não seria DEUS.
Para esta acima de todas as coisas, DEUS não deve estar sujeito a vicissitudes e não pode ter nenhuma das imperfeições que a imaginação é capaz de conceber.
DEUS é eterno. Se ele tivesse tido um começo, teria saído do nada, ou, então, teria sido criado por um ser anterior. É assim que, pouco a pouco, remontamos ao infinito e à eternidade.
É imutável. Se ele tivesse sujeito a mudanças, as leis que regem o universo não teriam nenhuma estabilidade.
É imaterial. Quer dizer, sua natureza difere de tudo o que chamamos matéria, pois de outra forma ele não seria imutável, estando sujeito a transformação da matéria.
É o único. Se houvesse muitos DEUSES, não haveria unidade de vistas nem de poder na organização do UNIVERSO.
É todo-poderoso. Porque é único. Se não tivesse o poder soberano, haveria alguma coisa mais poderosa ou tão poderosa quanto ele, que assim não teria feito todas as coisas.
E aquelas que ele não tivesse feito seriam obras de um outro DEUS.
É soberanamente justo e bom. A sabedoria providencial das leis divinas se revela nas menores como nas maiores coisas, e esta sabedoria não nos permite duvidar da sua justiça, nem da sua bondade.
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